domingo, 4 de outubro de 2009
A verdade sobre Refinaria Premium do Maranhão
Carlos Brandão*
As expectativas em torno de novos investimentos para o Maranhão fervilham no meio político como pipoca no aparelho microondas. Todos os dias acompanhamos algumas notícias que tratam sobre o tema mais esperado dos últimos anos: a Refinaria Premium, que terá capacidade para processar 600 mil barris de petróleo por dia e receberá um investimento de R$ 20 bilhões.
Intrigado com tantas informações de que o início das obras aconteceria nesta semana, levando-se em consideração que a construção de uma refinaria é grandiosa e demorada, vi a oportunidade de checar com quem mais sabe do assunto, ou seja, o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, durante a realização de audiência pública, na Câmara dos Deputados, na última terça-feira, 29.
Na semana anterior, o presidente da Petrobras já havia esclarecido, durante evento promovido pelo jornal Correio Braziliense, que os projetos das refinarias da Região Nordeste não são uma obra qualquer, são complexos e que levam tempo para serem concluídos. Afirmou ainda que não sabia quando as obras começariam, tampouco quando terminariam. Esta matéria também foi publicada pelo jornal O Estado do Maranhão.
Meus questionamentos até destoaram do tema, que era o Marco Regulatório do Pré-Sal. Mas era a oportunidade de esclarecer se realmente poderíamos manter nossas expectativas em torno de imediatas contratações para gerar mais emprego e renda para os maranhenses. As perguntas foram as seguintes: O que há de concreto nessa refinaria? Já existe o estudo de impacto ambiental? Já existe o projeto técnico? Já foi feita licitação para fazer a obra? A população está na expectativa de que "amanhã" teremos uma refinaria pronta.
Gabrielli respondeu todas as perguntas. "Entendo a ansiedade dos deputados e senadores do Maranhão. Mas eu, como técnico tenho a obrigação de ser realista. Uma refinaria leva de sete a oito anos para começar a produzir. Não há como ser menos que isso", esta foi a primeira declaração do presidente da Petrobrás, gravada pela TV Câmara e disponível para quem se interessar.
Depois Gabrielli explicou os passos que estariam por vir como o projeto básico e, simultaneamente, o processo de terraplanagem do terreno, a fabricação de equipamentos que, segundo ele, demoram cerca de um a dois anos para fabricar e emendou: "Não é uma coisa que se faz do dia para a noite".
Sobre o terreno escolhido, Gabrielli explicou que já existe uma área definida, mas que esta área está sob contestação judicial, não pela Petrobrás, mas por algumas entidades do Maranhão que estão questionando a concessão da área no Ministério Público. Disse ainda que estava tentando acelerar o contrato com a Universidade Federal do Maranhão para fazer o Estudo de Impacto Ambiental. No entanto, Gabrielli foi categórico ao dizer que tudo isso só pode ser feito depois da licença ambiental, que depende do documento de propriedade do terreno, até então, sob litígio.
Eu ainda brinquei com Gabrielli quando disse que estava satisfeito com todas as explicações técnicas apresentadas, porque politicamente, não era o que estava sendo divulgado. Ele, sabendo das notícias que estão sendo veiculadas no Maranhão – até lançamento de pedra fundamental no local da obra aconteceu –, apenas gargalhou.
A questão aqui não é se a Refinaria vem ou não para o Maranhão. É fato que a instalação se dará aqui por uma série de vantagens que o nosso estado apresenta. O que não podemos é criar expectativa de que isso será breve. A obra é complexa sim e depende de muito trabalho por parte dos engenheiros da Petrobras que, felizmente, estão firmes no avanço desta obra.
As explorações políticas desse grande investimento não levam a avanço algum e nisso concordei com o presidente da Petrobras no dia da audiência pública. Já perdemos vários investimentos por conta de brigas políticas e por "olho grande" de muitos que não deixam os técnicos agirem para fazer o que deve ser feito, independente de convenções.
Admira-me a nota publicada pela Assessoria de Imprensa da Petrobras desmentindo não a mim – eles erraram – mas as declarações do seu representante maior, Sérgio Gabrielli, que deu todas estas declarações perante parlamentares na Câmara dos Deputados e que, felizmente, está registrado em áudio e vídeo.
No entanto, compreendo que as pressões políticas devem ter sido muito fortes para que um órgão técnico, como é a Petrobras, tenha se submetido a esse trocadilho de informações que confundem as autoridades e a população do Maranhão.
O meu desejo é de que este investimento venha sim! Que traga bons frutos, gere empregos, renda e dê realmente uma expectativa de melhor qualidade de vida para todos os maranhenses que anseiam por essas mudanças há muitos anos.
Que venha a refinaria! Hoje, amanhã, mas que venha!
*Deputado federal pelo PSDB-MA e membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados
e-mail: dep.carlosbrandão@camara.gov.br
twitter: www.twitter.com/carlos_brandao
Fonte: JP
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As expectativas em torno de novos investimentos para o Maranhão fervilham no meio político como pipoca no aparelho microondas. Todos os dias acompanhamos algumas notícias que tratam sobre o tema mais esperado dos últimos anos: a Refinaria Premium, que terá capacidade para processar 600 mil barris de petróleo por dia e receberá um investimento de R$ 20 bilhões.
Intrigado com tantas informações de que o início das obras aconteceria nesta semana, levando-se em consideração que a construção de uma refinaria é grandiosa e demorada, vi a oportunidade de checar com quem mais sabe do assunto, ou seja, o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, durante a realização de audiência pública, na Câmara dos Deputados, na última terça-feira, 29.
Na semana anterior, o presidente da Petrobras já havia esclarecido, durante evento promovido pelo jornal Correio Braziliense, que os projetos das refinarias da Região Nordeste não são uma obra qualquer, são complexos e que levam tempo para serem concluídos. Afirmou ainda que não sabia quando as obras começariam, tampouco quando terminariam. Esta matéria também foi publicada pelo jornal O Estado do Maranhão.
Meus questionamentos até destoaram do tema, que era o Marco Regulatório do Pré-Sal. Mas era a oportunidade de esclarecer se realmente poderíamos manter nossas expectativas em torno de imediatas contratações para gerar mais emprego e renda para os maranhenses. As perguntas foram as seguintes: O que há de concreto nessa refinaria? Já existe o estudo de impacto ambiental? Já existe o projeto técnico? Já foi feita licitação para fazer a obra? A população está na expectativa de que "amanhã" teremos uma refinaria pronta.
Gabrielli respondeu todas as perguntas. "Entendo a ansiedade dos deputados e senadores do Maranhão. Mas eu, como técnico tenho a obrigação de ser realista. Uma refinaria leva de sete a oito anos para começar a produzir. Não há como ser menos que isso", esta foi a primeira declaração do presidente da Petrobrás, gravada pela TV Câmara e disponível para quem se interessar.
Depois Gabrielli explicou os passos que estariam por vir como o projeto básico e, simultaneamente, o processo de terraplanagem do terreno, a fabricação de equipamentos que, segundo ele, demoram cerca de um a dois anos para fabricar e emendou: "Não é uma coisa que se faz do dia para a noite".
Sobre o terreno escolhido, Gabrielli explicou que já existe uma área definida, mas que esta área está sob contestação judicial, não pela Petrobrás, mas por algumas entidades do Maranhão que estão questionando a concessão da área no Ministério Público. Disse ainda que estava tentando acelerar o contrato com a Universidade Federal do Maranhão para fazer o Estudo de Impacto Ambiental. No entanto, Gabrielli foi categórico ao dizer que tudo isso só pode ser feito depois da licença ambiental, que depende do documento de propriedade do terreno, até então, sob litígio.
Eu ainda brinquei com Gabrielli quando disse que estava satisfeito com todas as explicações técnicas apresentadas, porque politicamente, não era o que estava sendo divulgado. Ele, sabendo das notícias que estão sendo veiculadas no Maranhão – até lançamento de pedra fundamental no local da obra aconteceu –, apenas gargalhou.
A questão aqui não é se a Refinaria vem ou não para o Maranhão. É fato que a instalação se dará aqui por uma série de vantagens que o nosso estado apresenta. O que não podemos é criar expectativa de que isso será breve. A obra é complexa sim e depende de muito trabalho por parte dos engenheiros da Petrobras que, felizmente, estão firmes no avanço desta obra.
As explorações políticas desse grande investimento não levam a avanço algum e nisso concordei com o presidente da Petrobras no dia da audiência pública. Já perdemos vários investimentos por conta de brigas políticas e por "olho grande" de muitos que não deixam os técnicos agirem para fazer o que deve ser feito, independente de convenções.
Admira-me a nota publicada pela Assessoria de Imprensa da Petrobras desmentindo não a mim – eles erraram – mas as declarações do seu representante maior, Sérgio Gabrielli, que deu todas estas declarações perante parlamentares na Câmara dos Deputados e que, felizmente, está registrado em áudio e vídeo.
No entanto, compreendo que as pressões políticas devem ter sido muito fortes para que um órgão técnico, como é a Petrobras, tenha se submetido a esse trocadilho de informações que confundem as autoridades e a população do Maranhão.
O meu desejo é de que este investimento venha sim! Que traga bons frutos, gere empregos, renda e dê realmente uma expectativa de melhor qualidade de vida para todos os maranhenses que anseiam por essas mudanças há muitos anos.
Que venha a refinaria! Hoje, amanhã, mas que venha!
*Deputado federal pelo PSDB-MA e membro da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados
e-mail: dep.carlosbrandão@camara.gov.br
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Fonte: JP
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